MINHA TURMA- 2009/2012

MINHA TURMA- 2009/2012

Necessidades educativas especiais

O conceito de NEE passou a ser conhecido em 1978 a partir da sua formulação no "Relatório Warnock", apresentado ao parlamento do Reino Unido, pela Secretaria de Estado para a Educação e Ciência, Secretaria do Estado para a Escócia e a Secretaria do Estado para o País de Gales. Este relatório foi o resultado do 1º comitê britânico constituído para reavaliar o atendimento aos deficientes, presidido por Mary Warnock. As suas conclusões demostraram que vinte por cento das crianças apresenta NEE em algum período da sua vida escolar. A partir destes dados, o relatório propõs o conceito de NEE.

O conceito de NEE só foi adotado e redefinido a partir da Declaração de Salamanca (UNESCO, 1994), passando a abranger todas as crianças e jovens cujas necessidades envolvam deficiências ou dificuldades de aprendizagem. Desse modo, passou a abranger tanto as crianças em desvantagem como as chamadas sobredotadas, bem como crianças de rua ou em situação de risco, que trabalham, de populações remotas ou nômades, pertencentes a minorias étnicas ou culturais, e crianças desfavorecidas ou marginais, bem como as que apresentam problemas de conduta ou de ordem emocional.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Necessidades_educativas_especiais


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quarta-feira, 5 de julho de 2017

INCLUSÃO COM RESPONSABILIDADE

Em 2012 saí da APAE e trabalhei até 2016 com uma Sala de Recursos Multifuncional Tipo I, desde então não realizei nenhuma postagem, mas hoje senti a necessidade de compartilhar um vídeo e contar um pouco da história do meu querido aluno José Marcos para comprovar que nós professores de Educação Especial, temos que lutar junto com nossos alunos especiais para que os mesmos alcancem seus objetivos.
Comecei a trabalhar com o José Marcos em meados de agosto de 2009, na época com 12 anos. A escola funcionava em uma casa e a nossa sala de aula era um dos quartos. Em sua turma havia 7 alunos, mal cabíamos na sala de tão apertada que era, e o José é cadeirante...imagine o aperto. Quando realizei a avaliação pedagógica percebi que ele estava muito além de sua turma. Já conhecia as silabações de palavras simples e lia algumas palavras. Na disciplina de Matemática reconhecia cédulas e moedas e realizava alguns cálculos. Com o passar do tempo fui observando que ele aprendia, só não conseguia escrever. Os colegas sabiam copiar mas tinham muita dificuldade na leitura. Então cada dia pedia o auxilio de um colega para copiar as atividades para ele, assim eles também se sentiam motivados. E foi assim com as dificuldades de espaço físico que fiquei 4 anos com a mesma turma e o José foi alfabetizado e poderia acompanhar normalmente uma turma de 4º ano.
O José sempre teve um objetivo: estudar no Ensino Comum, mas surgiram muitos imprevistos: a APAE não liberava e o município não oferecia condições de atendê-lo, pois ele necessita de um professor de apoio e um atendente. Ele é deficiente físico neuromotor, com o cognitivo preservado, mas totalmente dependente. E foi assim até 2015 quando completou 18 anos e decidiu que iria para o ensino comum. Primeiro foi estudar na EJA séries iniciais e em 2016 iniciou no 6º ano e conclui com êxito.
Atualmente está no 7º ano, e atuo como sua  Professora de Apoio a Comunicação Alternativa.
Posso afirmar que não foi fácil a sua inclusão, que tivemos que comprar "muitas brigas" para que este fato se concretizasse. Não houve nenhuma discriminação por parte dos seus colegas de turma. O convívio sempre foi normal. Os professores também o respeitam e tem muito carinho por ele. O impacto foi no inicio, mas com o passar do tempo tudo se resolveu.
Hoje gravou um vídeo para mim. Estou fazendo um curso CONECTADOS 2.0, ofertado pela Secretaria de Educação do Paraná, e uma das atividades era para gravar um vídeo com um estudante com a pergunta: COMO A TECNOLOGIA TRANSFORMOU SEU COTIDIANO?