MINHA TURMA- 2009/2012

MINHA TURMA- 2009/2012

Necessidades educativas especiais

O conceito de NEE passou a ser conhecido em 1978 a partir da sua formulação no "Relatório Warnock", apresentado ao parlamento do Reino Unido, pela Secretaria de Estado para a Educação e Ciência, Secretaria do Estado para a Escócia e a Secretaria do Estado para o País de Gales. Este relatório foi o resultado do 1º comitê britânico constituído para reavaliar o atendimento aos deficientes, presidido por Mary Warnock. As suas conclusões demostraram que vinte por cento das crianças apresenta NEE em algum período da sua vida escolar. A partir destes dados, o relatório propõs o conceito de NEE.

O conceito de NEE só foi adotado e redefinido a partir da Declaração de Salamanca (UNESCO, 1994), passando a abranger todas as crianças e jovens cujas necessidades envolvam deficiências ou dificuldades de aprendizagem. Desse modo, passou a abranger tanto as crianças em desvantagem como as chamadas sobredotadas, bem como crianças de rua ou em situação de risco, que trabalham, de populações remotas ou nômades, pertencentes a minorias étnicas ou culturais, e crianças desfavorecidas ou marginais, bem como as que apresentam problemas de conduta ou de ordem emocional.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Necessidades_educativas_especiais


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ARTIGO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARARÁ
NÚCLEO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA
CURSO MÍDIAS INTEGRADAS NA EDUCAÇÃO – CICLO INTERMEDIÁRIO 2009
A INFORMÁTICA CONTRIBUINDO PARA O ENSINO-APRENDIZAGEM E A INCLUSÃO NO ENSINO FUNDAMENTAL

Ana Leila Suchodola
Colégio Estadual Santo Antonio - Imbituva - NRE Ponta Grossa

Ângela Maria Depizzoli Piva
Escola de Educação Especial Luz da Manhã/APAE e Escola Estadual Professor Luiz Petrini Ensino Fundamental - Jundiaí do Sul - Paraná.

Nelci Pereira de Oliveira Silva
Colégio Estadual Anita Canet - São José dos Pinhais - Paraná.

Raquel Vaz Machado
Escola Municipal Pedro Biscaia e Escola Maria Aparecida Saliba Torres ambas de Ensino Fundamental - Araucária - Paraná.

TUTORA: Edna da Silva

Resumo: O artigo procurará responder ao seguinte questionamento: Como a Informática, pode ser utilizada como estratégia de ensino-aprendizagem? Para isso esse estudo apresenta algumas considerações do histórico da educação em favor de uma educação inclusiva, buscou base nas Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a Construção de Currículos Inclusivos de (2006) e literaturas que trazem dois enfoques para o trabalho inclusivo, bem como informações sobre a informática na educação. Finalizamos com um relato de uma experiência desenvolvida em uma escola especial utilizando a mídia informática para trabalhar conteúdos com os alunos.

Palavras-chave: Educação inclusiva, trabalho cooperativo, mudanças de concepções.


Introdução

As visões empiristas sobre aprendizagem recusam todo o percurso realizado pelos educandos no período anterior a entrada na escola. O aprender valorizado na escola era o aprender transmitido, que deveria ser repetido pelos alunos.
Num momento seguinte, o inatismo, afirmava que o saber estava no educando pronto, precisando se germinar na forma de idéias, atitudes, capacidades e criatividade.
Ross (2004) assinala que essas concepções foram ultrapassadas com a idéia de que o professor não é aquele que faz aparecer o conhecimento, mas aquele que pode organizar os meios, os instrumentos gerando o conhecimento, a aprendizagem, sendo responsável pela ampliação das relações mentais dos educandos e de si próprio para que ambos se apropriem, compreendam o que precisa ser conhecido conforme as necessidades da sociedade em cada tempo. Tais pareceres são frutos de uma história, de uma herança cultural e são desenvolvidas dentro de um processo histórico, no qual estão incluídas as crenças e valores de cada indivíduo.
Partindo das experiências vividas, das informações recebidas, divididas com os grupos sociais aos quais o indivíduo pertence, da cultura em que estão inseridos estes grupos, da linguagem utilizada, é que são construídos os conceitos, o que acontece de forma constante e dinâmica.
Os atos de um indivíduo têm como embasamento a concepção desenvolvida num contexto histórico, pode-se dizer que o conceito está voltado à prática, determina as atitudes.
E de acordo com Monteiro (2008) em se tratando da inclusão de educandos com necessidades educacionais especiais em salas de aulas de ensino regular, as ações do educador sobre o ensino do educando estariam atreladas ao conceito de inclusão.

Inclusão e educação especial

Por possuir vastos recursos que contribuem para desenvolver o audiovisual, o tato e o intelectual, a informática na educação especial tem um papel fundamental na formação dos alunos, pois várias são as habilidades que podem vir a desenvolver através da inclusão. Para isso é fundamental que o professor utilize estratégias de ensino-aprendizado.
Conforme as Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a Construção de Currículos Inclusivos de (2006) a compreensão da educação especial demanda uma nova forma de ver o educando com necessidades educacionais especiais, novos valores, compreensão, solidariedade e crença na potencialidade humana, para haver superação de atitudes preconceituosas e discriminatórias sobre as diferenças.
Nas escolas regulares ou especiais a flexibilidade curricular, será um meio dos alunos desempenharem o direito de aprender “em igualdade de oportunidades e condições”.
O educando com necessidades especiais não podem ficar isolados no cotidiano de sala de aula. A segregação social de segmentos populacionais minoritários não se combina com o respeito aos seus direitos de acesso e participação no espaço comum da vida social e faz-se necessária uma concepção de inclusão realmente efetiva.
Diversas leis foram aprovadas, organismos internacionais sistematizaram documentos norteadores das políticas públicas, grupos sociais organizaram-se politicamente e ganhou forças nas reivindicações voltadas a igualdade de direitos e oportunidades, ocasionando uma revolução nos instrumentos jurídicos.
De acordo com Ross (2004) faz-se necessário considerar que as diferenças são complementares. Se a condição humana é social, então a possibilidade é igualmente social, e nasce do investimento radical na aprendizagem cooperativa, na organização de desafios e na garantia da manifestação da aprendizagem de cada um. O conhecimento inclusivo é mais localizado na necessidade real das pessoas, é cognitivo, fortemente afetivo-emocional, artístico, motor e interativo.
A concepção de inclusão social traz fundamentalmente a mudança das representações sociais em torno das pessoas com deficiência e evidencia que elas podem ser participativas e capazes. Essa compreensão tem como foco a organização da sociedade para que sejam propiciados condições, o respeito e a valorização das diferenças e lhes sejam oferecidas oportunidades iguais, com equidade de condições.

A inclusão ideal

Este autor também destaca que o objetivo da escola inclusiva é a construção do conhecimento, que implica na capacidade, no pensamento, na interação e na compreensão. Nesse enfoque a aprendizagem como construção do conhecimento, implica a capacidade, pensamento, interação, compreensão, é o objetivo da escola inclusiva. (p. 214)
E ainda que nos ambientes descritos inclusivos é preciso predominar a aprendizagem mais cooperativa e desafiadora. Para isso, o docente precisa ser gestor do conhecimento, de estratégias de aprendizagem, de desafios e das diferenças entre as pessoas. Os educandos podem aprender a ser ouvintes ativos, a fazer perguntas e a responder a necessidades dos outros.
Monteiro (2008) também assinala que a resposta às necessidades especiais dos alunos deve ser buscada no currículo comum, realizando-se ajustes e adaptações precisas, como base para que seja assegurada a igualdade de oportunidades. A existência de currículos abertos e flexíveis é uma condição fundamental para que se possa responder às diferentes necessidades dos educandos e dos contextos sócio-educacionais em que se desenvolve o processo de ensino-aprendizagem.
As ações direcionadas para a inclusão do educando com deficiência no ensino regular seriam mais eficazes se houvesse a oferta de cursos de capacitação, diminuição do número de educando por sala de aula regular, trabalho em conjunto do professor especializado e professor do ensino regular, seriam iniciativas que contribuiriam gradativamente para a implementação da inclusão.
Em relação a inclusão Ross (2004) alerta para a visão ingênua da crença de que a igualdade de direitos, baseada apenas em discursos formais, aumenta, concretamente, as possibilidades de participação, pois o mero direito jurídico não produz o novo sujeito político, não materializa formas organizativa, não expressa necessidades nem institucionaliza bandeiras de luta e resistência.
Somente as leis, contribuem para a sociedade não se eximir de seu papel histórico de socializar todos os seres humanos, pois a desigualdade reside em não poder compartilhar plenamente o acesso e a produção dos bens sociais.
Desta forma, pode-se afirmar que o ser humano só se faz pessoa ou persona, na vida real, a vida pública. É a vida em sociedade que materializa as formas de viver, é fundamental o direito a educação, dar e receber apoio, transformar conceitos, procedimentos e sentimentos estabelecidos, é a vida em sociedade que desenvolve estratégias práticas de superação das limitações humanas (ROSS, 2004).

Educação ciência e tecnologia

Brito (2008) salienta que quando produz ciência, o ser humano organizou em áreas que podem ser classificadas em duas grandes dimensões: pura e aplicada (aborda o desenvolvimento das teorias e a aplicação de proposições às necessidades humanas) e natural e social (é o estudo do mundo natural, do comportamento humano e da sociedade).
Este autor também enfatiza que a evolução da ciência aliou-se ao desenvolvimento tecnológico, a tecnologia é o aproveitamento do conhecimento científico para obter-se um resultado prático. O ser humano designou a ciência e tecnologias (da roda ao computador), que ocasionaram mudanças nas relações com outros seres e com a natureza.
E ainda que geralmente os homens nos grupos sociais criam, maneiras de continuar e transmitir o conhecimento, valores, regras, normas, procedimentos, com a intenção de abonar o convívio entre os homens e disseminar a cultura de cada sociedade, para essa transmissão, a educação é um veículo primordial.
Para ele a educação é um instrumento social importante, a maior parte das profissões passam por ela. Em casa, na rua, na igreja ou na escola, está sempre relacionada: para aprender, para ensinar, para aprender e ensinar, para saber, para fazer ou para conviver. Diariamente vida e educação se misturam.
Assim de acordo com este autor precisamos perceber que convivemos numa sociedade tecnológica. Na sucessão dos dias o ser humano, do meio rural ou urbano, presencia situações em que a tecnologia se faz presente e necessária. Adota-se, a educação e a tecnologia como instrumentos que proporcionem ao sujeito a construção de conhecimento, possibilitando a criação de novos recursos tecnológicos, ou saiba como operacionalizá-los e desenvolvê-los. No mundo as tecnologias interferem na vida diária, sendo proeminente, que a educação contribua para a democratização do acesso ao conhecimento, à produção e à interpretação das tecnologias.
Desta forma, Brito (2008) afirma que o cenário tecnológico e informacional demanda novos hábitos, inovação da gestão do conhecimento, na forma de idealizar, armazenar e transmitir o saber, originando novas formas de simbolização e representação do conhecimento. Com esse intuito, é primordial ser autônomo, criativo, reflexivo, que analise e faça dedução sobre a sociedade.
Assim, a educação, como as outras organizações, acabam sendo responsabilizadas por gerar mudanças. Atualmente, todos precisam ressignificar suas formas de aprender a conhecer, comunicar, ensinar, integrar o humano e o tecnológico, integrar o individual, o grupal e o social.

Informática na educação – contexto histórico

De acordo com Brito (2008, p.65), no Brasil o uso da informática se iniciou na década de 1970, primeiramente no setor administrativo e depois nos sistemas eletrônicos de informação e gestão. No espaço escolar buscou-se a informatização da secretaria das escolas e a reestruturação administrativa.
O autor também menciona que inicialmente o uso da informática teve grande repercussão no meio acadêmico, promovendo a produção de diversas pesquisas e o desenvolvimento de projetos em muitas escolas, utilizando o programa Logo. Com esse programa, as questões pedagógicas de uso dos computadores refletem em projetos que se estendiam durante o ano letivo e eram respaldados por uma proposta pedagógica construcionista. Ainda com a comprobação da potencialidade desse software na aprendizagem, na criatividade e na autonomia dos educandos, sua fundação no contexto escolar não aconteceu como se presumia.
Para Brito (2008), a realidade brasileira ainda continuava com desigualdades econômicas e socioculturais e regionais aguçadas e proporciona uma educação escolar distante de ser um direito de todos. Nas últimas décadas, a introdução e o desenvolvimento de políticas educacionais e ações sistemáticas que democratizem o uso dos recursos tecnológicos em instituições escolares têm se fundamentado em concepções orientadas para o acesso ao uso dos computadores.
Atualmente o emprego da informática pelas escolas no Brasil encontra-se em plena expansão. Pesquisar as aplicações da informática à educação tem sido mira de muitos estudos e esforços humanos. Nessa procura, encontramos aumentados anualmente assuntos como: desenvolvimento de software para uso em situações de ensino-aprendizagem e em programas de formação de professores (BRITO, 2008).
Ainda segundo este autor, a experiência brasileira, nessa área deu-se por projetos governamentais em informática na educação iniciaram-se na década de 1980, com o projeto EDUCOM (Educação e Computador), com a finalidade de criar centros de pesquisa sobre informática na educação buscando formar profissionais habilitados a usar o software LOGO.
Conforme Brito (2008), na seqüência dessa política surgiu uma ampla aquisição em softwares titulados “educativos”, e sua proposta visava integrar o trabalho nos laboratórios de informática com as disciplinas curriculares, oportunizando ao educando a construção de conhecimento. Diversos softwares educativos foram examinados e classificados como abertos semi-abertos e fechados, por terem tecnicamente um encaminhamento de uso com base em informações teóricas.

Relato de um caso

Segundo Shimazaki (2009), o uso de tecnologia para alfabetização de pessoas com deficiência mental vem sendo usada desde a década de 60, este tipo de ensino era programado e desenvolvido por meio da tecnologia educacional. O ensino era feito por meio da visualização. A partir de então, a tecnologia tem sido utilizada na alfabetização da pessoa com deficiência mental. Desde então o uso do software em computador tem evoluído e sua utilização com o deficiente mental moderado tem sido de grande importância, pois o mesmo aprende, mas necessita de recursos didáticos diferenciados para o mesmo conteúdo.
A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais/APAE de Ribeirão do Pinhal em parceria com a Escola de Educação Especial Despertar, desenvolve um projeto de democratização da informática para comunidade, denominado: Estação Digital, onde funciona um laboratório com 12 computadores, conectados à Internet e professor específico. Cada turma da Escola Especial tem uma aula semanal de 30 min. O professor da turma acompanha os alunos orientando conforme a necessidade de cada um. Normalmente acessam jogos de entretenimento. É o professor específico de informática que seleciona as atividades. Estas, são descontextualizadas do planejamento do professor da turma. Percebendo que não estava tendo muitos resultados, enquanto recurso didático, foi sugerida a coordenadora para que as aulas de informática do 2º bimestre se adequassem aos conteúdos trabalhados em matemática.
Em parceria com a professora de informática o projeto foi desenvolvido, com 4 alunos do Ensino Fundamental III-Alfabetização, com Deficiência Intelectual Moderada, idade entre 7 a 10 anos, sendo 2 com dificuldades de linguagem, mas com compreensão dos fatos e acontecimentos ao seu redor. Este projeto denominado Contagem, foi realizado no período de 07/05 a 02/07, com duração de 240 minutos, distribuídos em aulas de 30 minutos por semana, pela professora de Educação Especial Ângela Maria Depizzoli Piva.
Os objetivos dessa proposta foram: p possibilitar que o aluno tenha noção de correspondência um a um; classificar e agrupar segundo um critério; comparar e estabelecer semelhanças e diferenças; sequenciar e suceder um objeto ao outro; ordenar e colocar em ordem segundo um critério; incluir e perceber que um está no dois, o dois no três; conservar quantidade e reconhecer que o número de elementos não varia, independente da forma em que foram agrupados.
Para trabalhar os conteúdos n úmeros e operações utilizou-se a seguinte metodologia:
Os alunos usaram o laboratório de informática e os computadores acessados no sítio da Fazenda RIVED através do link: http://rived.proinfo.mec.gov.br/atividades/matematica/fazenda/mat1_ativ1.swf (trata-se de uma animação com diversas situações que podem ser exploradas) Aparecem às telas de apresentação e em seguida, a tela principal.
Antes de explorar as imagens explicar para os alunos o que é uma fazenda, que tipo de animais vivem na fazenda, etc. Passar o mouse sobre a tela, sem clicar nas imagens e conversar com eles sobre o que pode ser cada um dos seguintes ambientes: Curral, Casa se campo, Galinheiro, Cercado menor, Cercado maior, Pomar com árvores frutíferas, Celeiro.
Exploração da tela fazendo alguns questionamentos: Quantos porcos há na tela?Quantas vacas há na tela?Quantas ovelhas há nesta tela?Quantos cavalos há nesta tela?Quantos pintinhos existem na tela?Questione a eles: há mais vacas ou porcos?Questione a eles: há mais vacas ou ovelhas?Quantas árvores há no pomar?Quantas são frutíferas?
Questionamentos aos alunos quanto ao número de ovos quebrados existentes nos ninhos para que eles tenham a noção de quantos pintinhos devem procurar no galinheiro. Mostrar como mover cada uma das peças do galinheiro para encontrar os pintinhos. Eles devem clicar no botão esquerdo do mouse sobre o objeto e arrastar. Para verificar se encontraram todos os pintinhos eles podem fazer a correspondência um a um relacionando cada pintinho encontrado com cada ovo quebrado. Os alunos também podem fazer um registro escrito fazendo corresponder um traço em uma folha de papel para cada pintinho que encontrarem. Depois eles verificam se o número de traços corresponde ao número de ovos quebrados. Observar os diferentes registros feitos pelas crianças. Isto ajudará a perceber algumas habilidades dos alunos que são necessárias a construção do conceito de número.
Orientação aos alunos a moverem o mouse e clicarem na região do cercado mostrado na figura.
Para esse encaminhamento ser efetivado foi utilizada a mídia Informática, como recursos didáticos utilizaram-se computadores e Internet.
Os alunos não tiveram dificuldades relacionadas ao uso do computador, conheciam várias funções do teclado: enter, espaço, backspace, setas, arrastar imagens, letras. Ligar e desligar.
A avaliação ocorreu durante as atividades desenvolvidas na aula, observando a participação dos alunos nas discussões, na atividade de consolidação dos conhecimentos e na retomada da resolução de problemas.

Conclusão

O resultado da aplicação do projeto Contagem, foi à melhoria no desenvolvimento das percepções: visão e audição, auxiliou na concentração e atenção, aguçou a curiosidade e lhes proporcionou mudança de ambiente escolar, complementando as atividades desenvolvidas em sala de aula.
Para que haja inclusão faz-se necessário um trabalho compartilhado que procure aperfeiçoar serviços e recursos no atendimento de todos os alunos, independente de apresentarem diferenças, reconhecendo que a escola tem como finalidade desenvolver as capacidades acadêmicas, cognitivas, afetivo-emocionais e sociais que potencializem o desenvolvimento pessoal dos educandos.
Segundo Cerqueira e Ferreira, o grande avanço tecnológico verificado nos últimos tempos vem proporcionando, também à educação especial, recursos valiosos para o processo ensino/aprendizagem, inclusive com a utilização de equipamentos de informática.
Para os alunos com deficiência intelectual moderada, e para alunos com D.I.M. e dificuldade de coordenação motora fina podem ser usados software educativos e digitação para apropriação da leitura e escrita, na matemática este tipo recurso pode ser usado para o desenvolvimento do raciocínio lógico. Na observação das aulas de informática, percebe-se que os alunos com D.I.M. têm condições de manusear e entender os mecanismos da utilização do computador. Em relação aos alunos com Deficiência Física Neuromotora (com o cognitivo preservado), podem ser adaptados alguns acessórios em seu corpo para a utilização do computador como meio de sistematizar o processo de ensino/aprendizagem, necessitando também de acompanhamento de um professor permanente de apoio. É um recurso ainda recente, está em fase de experimentação. Para os alunos com Deficiência Visual e Surdez está disponível no mercado vários recursos como o Sistema de Leitura Ampliada: Circuito Fechado de Televisão, Softwares, Thermoform, Braille Falado; Microcomputadores com programas específicos e de diferentes periféricos, Sintetizadores de Voz, Terminal Braille, Impressora Braille, Scanner de Mesa e Sistema Operacional DOSVOX.
Diante disso podemos afirmar que a informática pode ser um recurso que contribui de forma significativa para o ensino e a aprendizagem dos alunos.

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