A Associação Americana de Deficiência Intelectual e do Desenvolvimento – AADID orienta que para avaliar, diagnosticar e classificar um indivíduo com deficiência intelectual devem ser considerados os seguintes tópicos:
Intenções educativas
Ter bom senso na avaliação considerando o funcionamento intelectual, o comportamento adaptativo e suas maneiras de realização; Estar atualizado nos critérios de avaliação para o diagnóstico de deficiência intelectual; Distinguir a os termos inteligência e comportamento adaptativo; Avaliar o contexto em que o aluno está inserido. Avaliação do funcionamento intelectual
Para avaliar uma pessoa como deficiente intelectual é necessário coletar informações para concretizar a tomada de decisão e respeitar as três funções avaliativas:
Diagnóstico; Classificação e característica relevantes; Planejamento de apoio individualizado. Objetivando alcançar cada uma dessas funções os profissionais deverão conduzir a avaliação visando três critérios:
Os processos e os instrumentos avaliativos precisam relacionar-se aos propósitos da avaliação; Os dados obtidos pela avaliação devem ser válidos; Os resultados devem ser ao mesmo tempo, úteis e aplicáveis a propósitos consistentes.
Avaliando para diagnosticar a deficiência intelectual
Para diagnosticar a deficiência intelectual devem-se utilizar instrumentos individuais e normativos de avaliação do funcionamento intelectual e do comportamento adaptativo. Estas informações devem ser agrupadas ou classificadas e também pesquisadas para que sejam concedidos os encaminhamentos e intervenções necessários.
Critérios do diagnóstico
Para que o diagnóstico da deficiência intelectual seja efetivado é necessário envolver três critérios:
Limitações significativas do funcionamento intelectual; Limitações significativas no comportamento adaptativo e; Idade de início antes dos 18 anos. Quanto ao funcionamento intelectual
Segundo a Associação Americana de Deficiência Intelectual e do Desenvolvimento – AADID os critérios utilizados para a avaliação do funcionamento intelectual são quantitativos e fazem uso de testes psicológicos de inteligência. Mas ressalta também a importância do sistema de classificação multidimensional pois esta oferece informações mais concretas e abrangentes do que sistemas unidimensionais.
Quanto ao comportamento adaptativo
Sobre a avaliação do comportamento adaptativo, algumas hipóteses deverão ser consideradas fundamentais:
Ao mesmo tempo em que existem limitações, identificam-se pontos fortes nas habilidades adaptativas. Considera-se que os pontos fortes e fracos identificados devem ser registrados tendo como parâmetros os contextos culturais e comunitários típicos da pessoa em relação aos seus pares. As avaliações devem indicar as necessidades individualizadas de apoio da pessoa. Uma ampla avaliação do comportamento adaptativo deverá incluir levantamento sistemático de dados relevantes do avaliando mediante entrevistas clínicas com pessoa(s) que lhe(s) conheçam bem.Podem ser familiares, professores, amigos, empregados domésticos e outros que conhecem a pessoa avaliada ou que convivem com ela e que podem observar-la durante um certo tempo. Habitualmente, os pais são as pessoas mais indicadas para os registros, pelas experiências e tempo de convivência. O avaliador não pode confundir: problemas ou comportamentos mal adaptativos com comportamento adaptativo. O primeiro está relacionado a transtornos comportamentais, incompetencia emocional e interpessoal, de natureza clinica.O comportamento adaptativo diz respeito às habilidades conceituais, sociais e práticas que respondem às demandas do ambiente e à convivência da pessoa com qualidade de vida. É recomendado a avaliação do comportamento adaptativo nas diversas fases do ciclo vital: infância, adolescência e vida adulta para observar a relevância de apoios específicos e diferenciados nos diferentes momentos do desenvolvimento humano. Segundo a AAID no Braisl não existe instrumentos avaliativos de mensuração normatizados. Outras fontes de informação devem ser empregadas para obter informações sobre o comportamento adaptativo tais como: observação direta do comportamento; registros escolares; registros médicos/clínicos; avaliações psicológicas prévias; entrevistas com pessoas que conhecem o entrevistado.
Algumas sugestões são indicadas, nesses casos:
Utilizar várias fontes de informação. Atentar para informações conflitantes, julgando seu peso na avaliação. Procurar observar o comportamento típico da pessoa, ponderando sobre possíveis influências do momento da avaliação. Use o julgamento clínico para guiar a avaliação. Ou seja, lance mão da experiência e dos conhecimentos técnicos para um olhar crítico sobre o processo e as estratégias avaliativas. Analise criticamente todos os tipos de informações obtidas. A própria AADID faz críticas sobre a efetividade do uso de instrumentos objetivos e quantitativos normatizados para avaliar o comportamento adaptativo. Consideram a possibilidade futura de explorar novos métodos e estratégias avaliativas para definir limitações significativas nessa relevante dimensão.